Mesmo sem água, o Manejo Ecológico de Pastagem melhora solo e prevê a recuperação de recursos hídricos em propriedade abrangida pelo Sistema Cantareira
Mesmo em meio à crise hídrica na região do Sistema Cantareira, alguns resultados do projeto “Semeando Água”, que é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, estão aparecendo. É o caso do Sítio São Benedito, localizado no município de Extrema-MG.
Lá o proprietário parceiro, senhor Elias Alves Cardoso, comemora os primeiros frutos da conversão de seu pasto para o Manejo Ecológico de Pastagem, método racional de pastagem que prevê um equilíbrio entre o solo, o pasto e o gado. “Em apenas dois meses e com pouca chuva por aqui, já vejo que o pasto está nascendo mais forte e verdinho, só por estar passando por períodos de descanso. Comparando a minha área com as de meus vizinhos é nítida a diferença no pasto! Além disso, já notei que meu gado está engordando”, afirma ele.
A expectativa é que mesmo com a falta de chuvas, o proprietário consiga recuperar os recursos hídricos manejando adequadamente seu pasto e também restaurando as Áreas de Preservação Permanente. “Aqui no sítio, das cinco nascentes que temos apenas duas têm água, o que compromete a nossa produção de milho e gado de corte. Agora, com o crescimento de nosso pasto e a proteção das APPs, estamos animados a voltar a produzir e torcendo para que as nascentes voltem a ter água!”, comenta o senhor Elias.
O Sítio São Benedito é uma das seis unidades demonstrativas do projeto, que prevê a entrega de mais duas unidades demonstrativas que serão vitrines e disseminadoras de práticas mais sustentáveis de utilização de uso do solo e da importância das APPs para a conservação da água que abastece o Sistema Cantareira.

Diferença de pasto – Lado esquerdo (Pasto convencional), lado direito (Manejo Ecológico de Pastagem)