O terceiro encontro de fortalecimento da cadeia leiteira na região de Bragança Paulista reuniu diferentes elos da cadeia produtiva para começar o Plano de Ação, identificando parceiros que já manifestaram interesse em somar esforços com o movimento.  O encontro, uma iniciativa da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) – Casa da Agricultura regional de Bragança Paulista – aconteceu em 28 de junho, no município homônimo.

Gabriela Oliveira, coordenadora da iniciativa e assistente de planejamento da diretoria da Cati regional de Bragança Paulista, recapitulou a trajetória do movimento e reforçou os objetivos da reunião em questão. “No primeiro encontro fizemos o diagnóstico da situação, no segundo relacionamos os possíveis tratamentos e a partir de cada um deles vamos sugerir o que pode ser feito, propondo quem será responsável por cada ação. Depois dessa fase do Plano de Ação, o grupo gestor que faz parte da CATI vai escrever o projeto e marcar uma reunião para validação do projeto”.

Na área de alto custo dos insumos de produção, onde as soluções apontadas passam por associativismo, melhoria do manejo da pastagem, produção dos próprios insumos, aquisição de novas tecnologias e melhoria do processo produtivo, o projeto Semeando Água é parte integrante do Plano de Ação, por meio da realização do curso de manejo de pastagem. Com as informações obtidas no curso é possível aumentar a quantidade e melhorar a qualidade do capim, o que influencia diretamente na produtividade dos animais. Tudo isso alinhado à conservação dos recursos hídricos.

No item baixo preço do leite despontam como possíveis estratégias mais uma vez a necessidade de unir os produtores, por meio de associativismo/cooperativismo, agregar valor ao produto e participar do grupo de fornecedores de compras governamentais. Neste caso, o plano de ação inclui palestras sobre legislação de lácteos, processamento artesanal do leite e conversas com cooperativas da região, entre outras ações.

O grupo identificou como possíveis caminhos para responder à falta de capacitação técnica e de gestão a busca por assistência técnica efetiva, cursos de qualidade do leite e um trabalho para conscientizar os produtores rurais quanto à importância de tais iniciativas. Do Plano de Ação fazem parte Boas Práticas de ordenha, legislação, manejo de vacas lactantes e manejo de vacas secas, além de ampliação dos meios de divulgação e do desenvolvimento de um aplicativo para ajudar o produtor rural na gestão financeira da própria atividade.

Os alunos da Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista (FESB), em especial da empresa Júnior, até o momento devem contribuir em duas frentes, por meio da aplicação dos protocolos de Boas Práticas e do levantamento do custo de produção dos produtores.  

As soluções mencionadas pelos participantes diante de estradas ruins apontam para a orientação de especialistas no assunto que podem contribuir com a conservação do solo nas áreas lindeiras e com alternativas para a recuperação das vias.

Quanto à dificuldade de acesso ao crédito, o público relacionou entre as medidas, conscientizar os produtores rurais sobre a importância de regularizar a documentação das propriedades e promover reuniões com banco, cooperativas de crédito e Sebrae.