Objetivos: Estudar, compreender e compartilhar conhecimentos sobre os serviços ecossistêmicos da Mata Atlântica, sobretudo a água.

O Dia Mundial da Água é celebrado em 22 de março e o Dia Mundial das Florestas em 21 de março. As duas datas foram criadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), a primeira no ano de 1992 e a segunda em 2012. O objetivo é promover a reflexão e a discussão na comunidade internacional acerca das questões essenciais que envolvem a conservação e a sustentabilidade das florestas e dos recursos hídricos.

Uma dessas questões é o acesso à água. A ONU estima que cerca de 1 bilhão de pessoas não têm acesso a um abastecimento considerado suficiente, ou seja, uma fonte que forneça 20 litros por pessoa/ dia, localizada a uma distância não superior a 1.000 metros.

No Sistema Cantareira, em 2015, enfrentamos uma grave crise hídrica e muitas pessoas ficaram sem água. Além do abastecimento local, a água do Sistema Cantareira chega até 7,6 milhões de pessoas de São Paulo e da região metropolitana.

Quando o assunto é água existe uma crise global. A água é vital para a sobrevivência dos animais e das plantas e para a nossa também. Além de saciar a sede e de ser utilizada para a alimentação, para a higiene pessoal e de nossas casas, a água ainda é necessária para atender às necessidades agrícolas, industriais e de serviços.

Onde está a água?

A água está presente em cerca de 70% da superfície da Terra. Entretanto, 97% de toda essa água do planeta fica nos oceanos e não pode ser consumida, por isso é necessário que as fontes de água doce sejam preservadas.

Confira 17 curiosidades sobre a água

Você sabia que 13% de toda a água doce do mundo está no Brasil? Segundo o Instituto Trata Brasil, a região Norte concentra aproximadamente 68,5% dos recursos hídricos do país, mas abriga apenas 8,3% da população. Já a região Sudeste, que tem 6% do total de água do país, abriga 42,1% da população. 

Como se esse cenário já não fosse complicado o suficiente, os seres humanos ainda poluem a água  por meio de ações incorretas, que podem atingi-los de forma direta. O despejo de resíduos no ambiente é um exemplo do que devemos evitar para que não ocorra a contaminação da água.

A falta de saneamento básico também compromete os recursos hídricos, já que o esgoto muitas vezes tem como destino algum córrego ou riacho, contaminando a água com microrganismos nocivos à saúde.

O desmatamento causa a diminuição ou a perda dos serviços que a natureza nos oferece sem cobrar nada. A provisão de água e a polinização, são exemplos de serviços essenciais para a produção de alimentos. Sem esses serviços ecossistêmicos, os seres humanos e todas as formas de vida são prejudicadas.

A conservação da mata nativa está entre as principais formas de garantir quantidade e qualidade da água. No Sistema Cantareira, cerca de 60% das Áreas de Preservação Permanente (APPs) estão desmatadas, o que prejudica a capacidade da natureza de prover água.

Aproveite o Dia das Florestas e o Dia da Água para colocar todos esses temas em pauta e realizar ações importantes por meio da educação para a conservação do nosso lindo planeta. Inclua na atividade com os alunos as questões locais, mencione os reservatórios e os rios que estão presentes na região.

RECURSOS NECESSÁRIOS

  • 2 fundos de garrafas pet de 2 litros (aproximadamente 15 cm de altura)
  • 2 garrafas pet de 5 litros com tampa, cortadas na lateral (veja as fotos e o vídeo)
  • 2 porções iguais de terra
  • Sementes (sugestão: alpiste, porque cresce rápido)
  • Estilete ou tesoura
  • 2 recipientes com água (1 litro em cada recipiente)

Dica: organize os materiais duas semanas antes de começar este projeto. Assim você poderá cortar as garrafas (não é recomendável que esta tarefa seja realizada por crianças) e plantar as sementes. Desta forma, quando for realizar o experimento, as sementes já terão germinado e as plantas já estarão grandes o suficiente para o resultado esperado.

PONDO A MÃO NA MASSA

Para trazer os temas “água e floresta” nada melhor do que problematizar. Uma boa pergunta pode ser o primeiro passo para dar início a este processo:

“Como a mata ciliar protege os rios?”

Neste momento você precisará explicar o que é mata ciliar. Talvez nem todos saibam e este vídeo poderá ajudar. A partir desta pergunta e com todo mundo* pensando sobre o assunto, podemos seguir em frente.

2º passo: elaborar hipóteses

Ouça, anote, organize, classifique as respostas. Solicite que os participantes que façam o mesmo no caderno, com as respostas que obtiveram nas conversas.

3º passo: testar (será que a mata ciliar realmente protege os rios???)

Agora é hora de por a mão na massa e construir o experimento que vai ajudar a responder a nossa pergunta.

Reúna os materiais, organize a turma e explique o passo-a-passo do experimento.

Com o estilete e a tesoura faça uma grande abertura nas garrafas maiores, que estão tampadas. Em seguida, coloque terra (a mesma quantidade) nas duas garrafas e, em apenas uma delas, semeie com o alpiste.

As garrafas de 2 litros devem ser cortadas ao meio no sentido transversal, como se fossem dois grandes copos para coletar a água, que irá escorrer das garrafas maiores.

 

Depois de 8 a 10 dias, quando as sementinhas de alpiste já tiverem germinado e as plantinhas estiverem com aproximadamente 12 cm de altura, é a hora de verificar se elas ajudam a proteger o solo.

As garrafas com terra (uma com as plantas e outra só com a terra) devem ser seguradas com uma pequena inclinação (30º aproximadamente). Os copos coletores (garrafas pet cortadas na transversal) estarão posicionados próximos das bocas dessas garrafas com terra, para coletar a água que irá escorrer.

A água (1 litro) deve ser colocada bem devagar sobre a terra e sobre as plantinhas. O material que escorrer para dentro dos copos coletores deve ser reservado para a comparação.

4º passo: coletar dados

Explique antes da realização do experimento como você quer que eles façam a coleta de dados. Poder ser por meio de fotos, desenhos ou relatórios. O importante é que todos saibam antecipadamente que, ao final de todo o processo, cada grupo precisará ter os dados organizados para comparar com outros grupos.

5º passo: comparar os resultados

Os resultados poderão ser comparados entre os grupos. 

Compartilhe os resultados com a equipe do Projeto Semeando Água (11) 97297- 3516 ou semeandoagua-com@ipe.org.br) e também nas  redes sociais com a #ProjetoSemeandoÁgua