Incentivar a abordagem de questões socioambientais locais nas escolas, com destaque para a análise crítica dos alunos, com esse objetivo a equipe do projeto Semeando Água realizou em agosto (14) a capacitação de seis diretoras da rede municipal de Joanópolis em visita à Secretaria de Educação e Cultura. A iniciativa contou com o apoio de Concheta Célia Conte, secretária da área que participou do evento.

A água do Sistema Cantareira, a integração entre os reservatórios, conservação do solo, restauração florestal, ecossistemas estão entre os temas destacados pelo projeto Semeando Água, uma realização do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, com patrocínio da Petrobras, através do programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal.

 

Andrea Pupo, coordenadora de educação ambiental do projeto Semeando Água, explicou desde a formação do Sistema Cantareira até o conceito de produtos ecossistêmicos. “Os reservatórios dessa região estão em uma região de mata, ainda que não na totalidade, e foram construídos há cerca de 45 anos aproveitando o relevo. Em Bragança Paulista fica o reservatório Jaguari-Jacareí no ponto mais alto, seguido do Cachoeira localizado entre Joanópolis e Piracaia,  o Atibainha em Nazaré Paulista e o Paiva Castro de Paiva Castro em Mairiporã. Tudo o que está nessa área originalmente de Mata Atlântica é um ecossistema e é ele que produz a água. Todo o conjunto (floresta, solo, mananciais, os animais – já que eles ajudam as árvores a se reproduzir) contribui com a produção da água e por isso ela é chamada de produto ecossistêmico”.

A crise hídrica de 2013 a 2015 também esteve em pauta. O gráfico histórico das chuvas na região do sistema Cantareira e as fotos lembraram as professoras do cenário crítico que já foi realidade na região. “Foram poucas as ocasiões com volumes baixos como em 2013. Apenas um pouco antes da década de 1970 e um pouco depois da década de 1950 choveu menos do que em 2013. Mas a questão é só chuva quando o assunto é o volume dos reservatórios? Não, desmatamento, poluição também influenciam…”, comentou Andrea Pupo.

Dois grandes desafios são destacados pelo projeto como forma de aumentar a segurança hídrica do Sistema Cantareira: a restauração de 21 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), o que significa plantar 35 milhões de árvores e melhorar o manejo de aproximadamente 100 mil hectares de pastagens. 46% da área do Sistema Cantareira é utilizada para pastagem do gado, em geral degradada, o que revela baixa produtividade para o produtor e uma questão ambiental muito forte, já que o solo não permite a infiltração da água da chuva. “Então precisamos melhorar as pastagens, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) no entorno dos rios e da colaboração de vocês. Por esses motivos vamos às Secretarias de Educação falar com os diretores, professores, porque as pessoas precisam entender tudo isso. Não adianta formarmos outra geração com uma educação como a nossa, desconectada da natureza, do ambiente”, reforçou.

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