Três dias de intensa programação marcaram a visita de Marcos Vinícius da Silva Almeida, Gestor de Projetos Ambientais / Responsabilidade Social / Programas Ambientais da Petrobras, ao Projeto Semeando Água no fim de junho. O primeiro dia teve início com um balanço do primeiro ano do segundo ciclo feito por Alexandre Uezu, coordenador do Projeto Semeando Água, incluindo os desdobramentos que começaram a aparecer e já foram incorporados. “Com a realização dos cursos, estamos mapeando os produtores rurais e identificamos que temos uma produção de alimentos estratégica na região, principalmente quando consideramos a proximidade com os grandes centros, como São Paulo, Campinas e Piracicaba”.

Alexandre Uezu apresenta uma atualização a Marcos Vinícius sobre o Projeto

Na sequência, o gestor e a equipe visitaram três áreas em diferentes estágios de restauração florestal, todas próximas à Represa Atibainha, que contribui com o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 7,6 milhões de pessoas. “Em solos restaurados ou com manejo de pastagem ecológica, a água encontra melhores condições para infiltrar. O melhor lugar para armazenar água é no solo”, pontuou Tiago Pavan Beltrame, coordenador de Restauração Florestal.

Tiago Pavan Beltrame explica a Marcos Vinícius sobre as iniciativas do Projeto em restauração florestal – primeira área visitada
Alexandre Uezu e Marcos Vinícius admiram a região do ponto de vista mais alto na primeira área visitada
Alexandre Uezu, Tiago Pavan Beltrame e Marcos Vinícius na segunda área de restauração florestal visitada
Terceira área de restauração florestal visitada, onde as ações são mais recentes

No segundo dia, Marcos Vinícius acompanhou de perto a realização do curso Produção Sustentável no Sistema Cantareira, em Bragança Paulista. A data marcou o final de mais uma capacitação do Projeto Semeando Água com foco em produtores rurais. Na segunda parte da tarde, os cerca de 20 participantes tiveram a oportunidade de planejar os novos rumos para a propriedade, com orientação da equipe do Projeto e de técnicos da CDRS – Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável. No momento das apresentações dos planejamentos, muitos produtores se emocionaram. Confira os depoimentos no box.

MIriam Perilli, da Elti, e Fabrício Castelli, que coordena a parte de Manejo Sustentável do Projeto Semeando Água

O terceiro dia começou com visita ao Sítio da Laje, do Sr. Ernani Barbosa, em Nazaré Paulista, onde funcionários da Refinaria de Paulínia (Replan/Petrobras) ajudaram há três meses a implementar Agrofloresta com base na Agricultura Sintrópica. “A Agrofloresta é uma novidade aqui no sítio que tem apresentado uma boa evolução. Nesse Sistema, uma planta ajuda a outra, o que favorece o rápido crescimento. Em um mesmo canteiro tenho frutíferas, mandioca, milho, café, cúrcuma, entre outras espécies e assim terei a oportunidade de gerar renda em diferentes momentos, até que as frutíferas que são o foco comecem a produzir”.

Ainda na manhã, o grupo visitou a Escola Municipal Faustino Penalva, também em Nazaré, onde a horta e a composteira já estão implementadas. As duas ações mobilizam desde o início funcionários, alunos e a comunidade escolar. Alguns pais tiveram conhecimento da novidade pelos filhos e inspirados escolheram replicar a prática no próprio quintal. Alunas do Ensino Fundamental leram um poema para o grupo.

Visita à Escola Municipal Faustino Penalva, em Nazaré Paulista

Na sequência, a equipe do Projeto Semeando Água seguiu para a Escola Municipal do Bairro Quatro Cantos onde conferiu outro modelo de horta. “As hortas e as composteiras nas escolas municipais integram o Projeto Semear, uma parceria entre o Projeto Semeando Água, a empresa Dynamic Air e a Departamento de Educação da Prefeitura de Nazaré Paulista”, explicou Andrea Pupo, coordenadora de Educação Ambiental do Projeto.

Grupo conhece a horta na Escola Municipal do Bairro Quatro Cantos, em Nazaré Paulista

À tarde, o grupo visitou a Fazenda Cravorana, em Piracaia, uma das Unidades Demonstrativas do Projeto, que conta com manejo de pastagem ecológica e áreas restauradas há cerca de quatro anos como forma de proteger nascentes e cursos d’água. Miguel Uchôa, administrador da propriedade, acompanhou a visita e pontuou as mudanças na propriedade após os conhecimentos compartilhados pelo Projeto. “A qualidade do pasto melhorou muito, mesmo nos meses de inverno, o pasto tem se mantido bem. Implementei os primeiros piquetes com o Projeto, mas já tenho piquetes que foram feitos por conta própria. O controle do carrapato também melhorou muito,  já que com esse manejo o ciclo do carrapato é quebrado. A erosão era bem visível em um dos pastos e após o manejo da pastagem ecológica esse problema desapareceu. A quantidade de terra que chega à parte mais baixa da propriedade também mudou muito, essa foi uma das primeiras mudanças que percebi depois que coloquei as  medidas em prática”.

Fabrício Castellini comenta sobre o melhoramento das pastagem a partir do manejo ecológico
Miguel Uchôa, Alexandre Uezu, Marco Vinícius e Fabrício Catellini conversam sobre a evolução das ações

BOX Confira os depoimentos dos produtores

“A gente tem que buscar informação com quem conhece o assunto e o curso foi de grande valia. A minha vontade é de que o meu vizinho participe do próximo curso, assim teremos a possibilidade de pensar em ações em conjunto, que beneficiem a minha, a dele, mas também a todo o Sistema.”, Edgard Damião Chamizo.

“Estamos cercando as áreas de APP para que o gado não tenha mais acesso. Pretendo continuar com o gado, mas também vou trabalhar com cabra. Estou analisando se em uma área da propriedade aumento o número de piquetes ou se opto pela Agrofloresta”, Eduardo Fernandes.

“Esse curso foi muito importante, ele contribuiu muito para o planejamento dos próximos passos na nossa propriedade”, Márcio Rinaldi.