O dia 5 de junho foi instituído como Dia Mundial do Meio Ambiente pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972 durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, na Suécia. No Brasil o Decreto nº 86.028, de 27 de maio de 1981 instituiu a Semana Nacional do Meio Ambiente, em que são realizadas diversas ações com a finalidade de trazer atenção às questões ambientais. Durante todo o mês de junho cada Escola Climática, unidades educacionais que recebem ações de Educação Ambiental do Projeto Semeando Água, desenvolveu uma atividade própria para trazer visibilidade às discussões proporcionadas por esta data. 

O coletivo Morpha, da Escola Estadual Profª Clélia B. L. Silva Clélia fez um documentário sobre o rio que passa ao lado da escola. A Escola está localizada em um bairro rural do município de Nazaré Paulista. Os alunos do coletivo entrevistaram o proprietário da área que faz divisa com a escola. Observaram a ausência de vegetação em suas margens e iniciaram um processo de mobilização para a nomear o rio e realizar a restauração florestal da área. O plantio de árvores contribuirá com a conservação da água e do solo nesta Área de Preservação Permanente, a fim de fortalecer a segurança hídrica do Sistema Cantareira. 

Na Escola Estadual Francisco Derosa, o coletivo socioambiental Coletivo Ecológico Juvenil (C.E.J.) fez um mutirão de limpeza na área do pátio onde está localizada a sala de aula ao ar livre, construída com técnicas de bioconstrução e participação dos alunos. Os alunos do coletivo Vida Verde da escola estadual Profº Fabio Hacl Pínola produziram um vídeo sobre as ações de sustentabilidade realizadas na escola como separação dos resíduos recicláveis, compostagem dos resíduos orgânicos resultantes da merenda e implantação do Sistema Agroflorestal, a fim de compartilhar a informação com os demais alunos.  

As atividades continuaram mesmo na semana seguinte a do meio ambiente. No dia 13 de junho os alunos da disciplina eletiva “Mãos à horta”, da Escola Estadual Maria Eloísa, realizaram um mutirão em seu Sistema Agroflorestal, onde plantaram adubação verde de inverno, mandioca, adubaram as linhas com o material produzido pela composteira da escola e fizeram a cobertura de solo com matéria orgânica resultante de podas. Também foi implantado um sistema de irrigação automatizado, atividade de manutenção que era realizada pelos estudantes. O Sistema Agroflorestal foi implementado na temporada de chuvas do fim do ano e conta com diversas espécies frutíferas nativas da Mata Atlântica. 

Nesta mesma data os estudantes de geografia do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual Francisco Derosa, localizada no centro de Nazaré Paulista, visitaram a área de Restauração Ecológica do IPÊ, a fim de aprofundar o que vinham estudando em sala de aula sobre Unidades de Conservação. Durante a trilha fizeram um “banho de floresta”, ficando em silêncio dentro da mata para aprimorar outros sentidos, ouvindo os sons e percebendo os aromas da mata.

 

“Esta data é importantíssima para ampliar a conscientização sobre como nos relacionamos com o meio ambiente. Essa geração de jovens enfrentará extremos climáticos que já afetam seu cotidiano e tendem a acontecer com maior frequência e intensidade. A partir do momento que se entendem como parte de uma grande rede de relações se tornam responsáveis e atuantes na implementação de soluções, dentro e fora da escola.” 

Explica Andrea Pupo, coordenadora de Educação Ambiental do Projeto Semeando Água, uma iniciativa do IPÊ, Instituto de Pesquisas Ecológicas, Patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. As Escolas Climáticas também recebem apoio do Instituto Alair Martins (IAMAR).