Profissionais da cadeia leiteira marcaram presença na validação do Projeto Mais Leite Mais Renda, em busca da viabilidade: gestão e qualidade que busca estabelecer oportunidades para o fortalecimento sustentável da pecuária de leite na região de Bragança Paulista. Produtores rurais, técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), representantes das empresas de laticínios, do Sebrae de Jundiaí, da Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista (FESB), da prefeitura de Bragança Paulista e a equipe do projeto Semeando Água realizaram os ajustes finais no documento em agosto (13), na Cati regional. O projeto Semeando Água é uma realização do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas com patrocínio da Petrobras, através do programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal.

A princípio o projeto tem como municípios prioritários, além de Bragança Paulista, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedreira, Socorro, Tuiuti e Vargem (SP). Juntos eles representam 2.411 propriedades com atividade leiteira, ou seja 55,46 %, beneficiando diretamente cerca de 10 mil pessoas, segundo dados preliminares do Levantamento das Unidades de Produção Agropecuária (Lupa 2017). A produção de leite diária é de 137 mil litros de leite, com base em dados do IBGE de 2016.

A adesão ao projeto dos demais municípios que integram a regional (Águas de Lindóia, Amparo, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Serra Negra) pode ser viabilizada conforme interesse dos produtores.

Jorge Bellix de Campos, engenheiro agrônomo responsável pelo Escritório de Desenvolvimento Rural de Bragança Paulista, abriu a reunião ressaltando a importância de um plano de ação participativo. “Essa é uma das raras oportunidades de trabalharmos na elaboração de uma proposta com um público diverso, desde o produtor passando por toda a cadeia. Acreditamos que com o envolvimento de vocês, com os setores que representam, podemos dar mais solidez ao projeto regional”.

Entre os objetivos específicos do projeto estão: diminuir os custos de produção, melhorar a qualidade do leite, capacitar os produtores, incentivar técnicas de conservação de solo e melhorar a manutenção das estradas rurais. Campos destacou o papel central do proprietário rural. “Da porteira para dentro a decisão é do produtor de leite e se ele não entender a importância que tem nesse papel, até de pressionar para a melhoria de preço, das aquisições que ele deve fazer, a gente não consegue realmente dar sequência ao que está colocado”.

Neste segundo semestre, o plano tem início com o diagnóstico de cada propriedade. Essa análise será feita com a aplicação do questionário de Boas Práticas em Agropecuária (BPA). Para participar o produtor de leite precisa entrar em contato com um técnico da Cati do município onde está localizada a propriedade.

Mais informações: Escritório de Desenvolvimento Rural (11) 4033-7336